A expressão "gótico americano", que costuma abranger de Washington Irving
(1783-1859) a Stephen King (1947) é mais uma etiqueta reconhecível e sonora do
que uma informação sólida e interpretativa sobre um grupo de autores.
Essa etiqueta costuma portanto abarcar a produção de contos fantásticos, de
vários subgêneros do já subgênero "terror", escrita por autores dos Estados
Unidos. "Gótico" porque tomado como leitura romântica de uma idéia de
"medieval", em que se possa imaginar um estilo de traços muito largos,
sugerindo com o nome um ambiente mental duvidoso, fruto de superstições e,
portanto, repleto de medos sobrenaturais .
Especialmente o século XIX gerou as narrativas "góticas" americanas, que
formaram a base dessa investigação do escabroso, que definiu até mesmo boa
parte do cinema dos Estados Unidos no século XX, como sabemos.
Mas é interessante saber também que inicialmente os autores dos EUA pareciam
ter dificuldade em encontrar uma imaginação de "sombra e mistério" que os
diferenciasse do que já se fazia na Europa - principalmente em alemão e
francês - como o crítico Allan Lloyd-Smith escreve:
[Fenimore] Cooper se queixava em 1828 de que não havia materiais adequados
para escritores no novo país, "não há anais para historiadores ... não há
ficções obscuras para o escritor de romance". Sua impressão de dificuldade em
encontrar sustento imaginativo seria endossada por Hawthorne, que escreveu, em
1859, sobre a "ampla e simples luz do dia" e a "prosperidade sem graça" deste
país (...) Sem um passado feudal e as relíquias tão convenientes ao gótico
europeu, castelos, mosteiros e lendas, a paisagem americana parecia um lugar
improvável para tais ficções.
(1783-1859) a Stephen King (1947) é mais uma etiqueta reconhecível e sonora do
que uma informação sólida e interpretativa sobre um grupo de autores.
Essa etiqueta costuma portanto abarcar a produção de contos fantásticos, de
vários subgêneros do já subgênero "terror", escrita por autores dos Estados
Unidos. "Gótico" porque tomado como leitura romântica de uma idéia de
"medieval", em que se possa imaginar um estilo de traços muito largos,
sugerindo com o nome um ambiente mental duvidoso, fruto de superstições e,
portanto, repleto de medos sobrenaturais .
Especialmente o século XIX gerou as narrativas "góticas" americanas, que
formaram a base dessa investigação do escabroso, que definiu até mesmo boa
parte do cinema dos Estados Unidos no século XX, como sabemos.
Mas é interessante saber também que inicialmente os autores dos EUA pareciam
ter dificuldade em encontrar uma imaginação de "sombra e mistério" que os
diferenciasse do que já se fazia na Europa - principalmente em alemão e
francês - como o crítico Allan Lloyd-Smith escreve:
[Fenimore] Cooper se queixava em 1828 de que não havia materiais adequados
para escritores no novo país, "não há anais para historiadores ... não há
ficções obscuras para o escritor de romance". Sua impressão de dificuldade em
encontrar sustento imaginativo seria endossada por Hawthorne, que escreveu, em
1859, sobre a "ampla e simples luz do dia" e a "prosperidade sem graça" deste
país (...) Sem um passado feudal e as relíquias tão convenientes ao gótico
europeu, castelos, mosteiros e lendas, a paisagem americana parecia um lugar
improvável para tais ficções.
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