Os raios solares ultrapassavam a persiana e delicados acordavam Susan, como a lhe lembrarem que a noite havia acabado, e que todas as lembranças haviam sido um sonho. Porém o pulso direito doía, o que a fez lembrar da arma que insistente empunhava na noite anterior, e que não havia encontrado, não poderia ter sonhado com tudo aquilo. A cama estava vazia ao seu lado, em um sobresalto olhou o relógio que marcava quase dez horas, onde estava Josh? Mas então acalmou-se, ele devia estar na escola, a avó era quem o levava, provavelmente não a quiseram acordar e saíram sem fazer barulho. Deitou-se mais uma vez e tentou organizar os pensamentos.
Desde que Mike morreu ela não tinha conseguido levar uma vida feliz, seus pensamentos sempre a levavam a pensar naquela noite fatídica e no acidente com o carro, Josh estava com o pai, mas não havia se ferido. Susan teria enlouquecido se ambos estivessem mortos, tudo o que lhe restara era o filho.
Os dias eram tristes, a casa era silenciosa, se não fosse por Josh ela já teria desistido. Sentia como se estivesse com a vida suspensa em um espaço aberto no tempo, precisava continuar, mas não sabia como, Mike foi muito especial, e cuidava dela com todo o carinho, vivia por Susan.
Durante a noite os medos de Susan aumentavam, começava a sentir-se observada novamente, e o panico a dominava, Josh era o único capaz de acalma-la com suas palavras doces e seu carinho. e costumeiramente no mesmo horário na madrugada ela acordava. E esta noite não seria diferente.
O coração disparado era péssimo sinal, mas acalmou-se um pouco quando viu uma luz no corredor, era o abajur do quarto do filho, estava aceso, sinal de que estava tudo bem. Susan queria ir até lá e ver se estava mesmo tudo bem, mas não teve tempo, o pesadelo havia começado.
A porta de seu closed estava aberta, mas ela nunca a deixava assim, alguém havia aberto a porta. Levantou-se bem devagar, e na ponta dos pés caminhou até o closed, abriu um pouco mais a porta e notou que alguém havia mexido em suas coisas. Estava tudo fora do lugar, como se alguém estivesse procurando por algo, mas o que lhe chamou a atenção foi uma caixa na parte superior. Pegou-a e ao abri-la assustou-se caindo no chão com a caixa aberta a sua frente. A arma estava dentro.
Assustada e desconsertada, foi rastejando até a beirada da cama, e com uma das mãos na boca, como se estivesse segurando um grito abafado, começou a chorar. Aquilo estava indo longe demais. o que estava acontecendo? Ela estava tremendo, não sabia se era de frio ou de terror, desespero talves.
A única luz que entrava no quarto vinha do corredor, iluminado devido ao abajur do quarto de Josh, e momentaneamente a luz se tornou mais branda e anunciou uma silhueta que se formava no umbral da porta do quarto. Susan se encolheu, mas notou que a silhueta era pequena, alguém pequeno estava olhando-a da porta.
- Filho, o que foi querido? Entre, venha aqui, está tudo bem.
Mas a voz de Susan a traia, era difícil disfarçar o choro e a angustia, mesmo uma criança perceberia que havia alguma coisa errada.
- Não mamãe, eu preciso ir.
Susan não teve tempo de responder ao filho, a luz havia se apagado totalmente, e a silhueta de Josh havia desaparecido. Foi então que ela levantou-se e caminhou até a porta, mas Josh não estava mais lá, a porta do quarto do menino estava fechada agora. Ela correu até lá e não conseguiu abri-la, estava trancada, mas como poderia estar? O que era tudo aquilo?
- Abre a porta Josh, não precisa ter medo, vai ficar tudo bem.
Mas o menino não respondia, Susan acreditava tê-lo assustado, e por isso agora ele não respondia. Assim como a mãe, ele chorava muito, pois Susan via, mas acreditava que era a falta que sentia do pai. E ainda batendo na porta do quarto agora era Susan que voltava a chorar, exausta e desesperada por ter assustado o filho, ela implorava que ele abrisse a porta, sem resultado. Encostou-se no batente e chorando pediu a Deus que a ajudasse, não aguentava mais viver aquele pesadelo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Lembrou-se de seu observador, ele estava ali, ela podia senti-lo, o medo crescia, a sensação que a angustiava também aumentava e desesperada gritava.
- O que você quer de mim? Me deixe em paz!
Olhando para todos os lados ela não via nada, mas sentia que algo se aproximava.
- Abra a porta Josh, abra agora, por favor!
E a porta permanecia fechada, o filho continuava em silencio.
- Abra filho, a mamãe tá pedindo, tá tudo bem.
A insistência de Susan não dava resultado, tudo o que ela conseguia era aumentar seu medo, sua tensão. E em mais um ato de desespero levantou-se e correu para seu quarto, fechou a porta atrás de si e ainda com os olhos fixos a sua volta encolheu-se na cama a espera que seu pesadelo acabasse.
Passos podiam ser ouvidos no corredor, e conforme os escutava os medos de Susan aumentavam, passos pesados que não poderiam ser de Josh. Aproximavam-se de seu quarto e chegando até a sua porta pararam. O ruído da maçaneta virando percorreu o corpo de Susan, o desespero havia tomado uma proporção devastadora, e com toda a tensão depositada em seus olhos fixos na porta, ela viu quando essa se abriu.
Mesmo sem iluminação nenhuma ela pode enxergar um imenso vulto parado, que com uma voz grave a chamou.
- Susan...
Ela reconheceu a voz, e esforçando-se para enxergar melhor, conseguiu ver, diferente do que se lembrava, mas era ele, Mike.
Desde que Mike morreu ela não tinha conseguido levar uma vida feliz, seus pensamentos sempre a levavam a pensar naquela noite fatídica e no acidente com o carro, Josh estava com o pai, mas não havia se ferido. Susan teria enlouquecido se ambos estivessem mortos, tudo o que lhe restara era o filho.
Os dias eram tristes, a casa era silenciosa, se não fosse por Josh ela já teria desistido. Sentia como se estivesse com a vida suspensa em um espaço aberto no tempo, precisava continuar, mas não sabia como, Mike foi muito especial, e cuidava dela com todo o carinho, vivia por Susan.
Durante a noite os medos de Susan aumentavam, começava a sentir-se observada novamente, e o panico a dominava, Josh era o único capaz de acalma-la com suas palavras doces e seu carinho. e costumeiramente no mesmo horário na madrugada ela acordava. E esta noite não seria diferente.
O coração disparado era péssimo sinal, mas acalmou-se um pouco quando viu uma luz no corredor, era o abajur do quarto do filho, estava aceso, sinal de que estava tudo bem. Susan queria ir até lá e ver se estava mesmo tudo bem, mas não teve tempo, o pesadelo havia começado.
A porta de seu closed estava aberta, mas ela nunca a deixava assim, alguém havia aberto a porta. Levantou-se bem devagar, e na ponta dos pés caminhou até o closed, abriu um pouco mais a porta e notou que alguém havia mexido em suas coisas. Estava tudo fora do lugar, como se alguém estivesse procurando por algo, mas o que lhe chamou a atenção foi uma caixa na parte superior. Pegou-a e ao abri-la assustou-se caindo no chão com a caixa aberta a sua frente. A arma estava dentro.
Assustada e desconsertada, foi rastejando até a beirada da cama, e com uma das mãos na boca, como se estivesse segurando um grito abafado, começou a chorar. Aquilo estava indo longe demais. o que estava acontecendo? Ela estava tremendo, não sabia se era de frio ou de terror, desespero talves.
A única luz que entrava no quarto vinha do corredor, iluminado devido ao abajur do quarto de Josh, e momentaneamente a luz se tornou mais branda e anunciou uma silhueta que se formava no umbral da porta do quarto. Susan se encolheu, mas notou que a silhueta era pequena, alguém pequeno estava olhando-a da porta.
- Filho, o que foi querido? Entre, venha aqui, está tudo bem.
Mas a voz de Susan a traia, era difícil disfarçar o choro e a angustia, mesmo uma criança perceberia que havia alguma coisa errada.
- Não mamãe, eu preciso ir.
Susan não teve tempo de responder ao filho, a luz havia se apagado totalmente, e a silhueta de Josh havia desaparecido. Foi então que ela levantou-se e caminhou até a porta, mas Josh não estava mais lá, a porta do quarto do menino estava fechada agora. Ela correu até lá e não conseguiu abri-la, estava trancada, mas como poderia estar? O que era tudo aquilo?
- Abre a porta Josh, não precisa ter medo, vai ficar tudo bem.
Mas o menino não respondia, Susan acreditava tê-lo assustado, e por isso agora ele não respondia. Assim como a mãe, ele chorava muito, pois Susan via, mas acreditava que era a falta que sentia do pai. E ainda batendo na porta do quarto agora era Susan que voltava a chorar, exausta e desesperada por ter assustado o filho, ela implorava que ele abrisse a porta, sem resultado. Encostou-se no batente e chorando pediu a Deus que a ajudasse, não aguentava mais viver aquele pesadelo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Lembrou-se de seu observador, ele estava ali, ela podia senti-lo, o medo crescia, a sensação que a angustiava também aumentava e desesperada gritava.
- O que você quer de mim? Me deixe em paz!
Olhando para todos os lados ela não via nada, mas sentia que algo se aproximava.
- Abra a porta Josh, abra agora, por favor!
E a porta permanecia fechada, o filho continuava em silencio.
- Abra filho, a mamãe tá pedindo, tá tudo bem.
A insistência de Susan não dava resultado, tudo o que ela conseguia era aumentar seu medo, sua tensão. E em mais um ato de desespero levantou-se e correu para seu quarto, fechou a porta atrás de si e ainda com os olhos fixos a sua volta encolheu-se na cama a espera que seu pesadelo acabasse.
Passos podiam ser ouvidos no corredor, e conforme os escutava os medos de Susan aumentavam, passos pesados que não poderiam ser de Josh. Aproximavam-se de seu quarto e chegando até a sua porta pararam. O ruído da maçaneta virando percorreu o corpo de Susan, o desespero havia tomado uma proporção devastadora, e com toda a tensão depositada em seus olhos fixos na porta, ela viu quando essa se abriu.
Mesmo sem iluminação nenhuma ela pode enxergar um imenso vulto parado, que com uma voz grave a chamou.
- Susan...
Ela reconheceu a voz, e esforçando-se para enxergar melhor, conseguiu ver, diferente do que se lembrava, mas era ele, Mike.

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