Paul não havia saído do hospital, como o previsto sua doença não tinha cura. Porém os médicos não sabiam como explicar sua resistência, já fazia mais de uma semana que diziam para Eddy que ele não duraria mais vinte e quatro horas. Mas ele sempre durava, e Eddy se aliviava quando chegava ao hospital e via o irmão, mesmo abatido, incontestavelmente vivo!
Mas Paul insistia com a história da caixa, e Eddy já estava curioso para saber que caixa era essa tão importante, que mesmo a beira da morte, para Paul, era de suma importância. E ele estava decidido a busca-la na metalúrgica e guardar-la como havia prometido.
O carro de Eddy não era tão antigo, mas já estava bem descuidado, os defeitos iam aparecendo, mas só eram solucionados quando o carro parava de andar. E não foi diferente naquela noite, Eddy precisou de um pouco mais de paciência que o de costume para fazê-lo funcionar, mas conseguiu.
A metalúrgica estava fechada aquele horário, mas a chave de Paul estava com o irmão. A noite estava chuvosa, era final do outono, e o clima frio era predominante, a chuva só fazia com que a noite ficasse ainda mais fria. As luzes da fachada estavam acesas, e ao chegar ao portão principal Eddy se entristeceu, sabia que aquela seria a última vez que entraria naquele lugar. Desligou o motor e disse para Pam, que estava no banco traseiro, que o esperasse, pois ele não iria demorar.
O portão era bem pesado, e com muita dificuldade Eddy conseguiu abrir um pequeno espaço, suficiente para que conseguisse entrar. E já do lado de dentro o que via não era muito agradável. A penumbra fazia com que o ambiente parecesse abandonado, apenas uma fraca claridade de algumas máquinas ligadas iluminavam a fábrica. Paul morava em um pequeno quarto nos fundos, e foi preciso atravessar toda a escuridão para chegar até a porta. Abrindo a porta, Eddy logo acendeu a luz e pode ver a bagunça deixada por Paul. Garrafas estavam espalhadas pelo chão, restos de comida em cima de uma pequena mesa, roupas pelos cantos e um cheiro horrível de umidade inundava o quarto. "Onde está a droga da caixa?" Eddy tentava encontrar a caixa em meio a desorganização, mas não estava obtendo sucesso.
Ainda no quarto, Eddy se assustou. Um barulho vindo da fábrica o deixou em alerta. O som de metal, algo que caiu, ou foi derrubado. Ele caminhou até a porta e não conseguiu enxergar nada, seus olhos acostumados agora com a claridade não conseguiram lhe ajudar.
- Quem está aí? - perguntou, porém não escutou nenhuma resposta. Entrou novamente no quarto e pegou um martelo que estava em cima da mesa, e empunhando-o saiu em direção ao portão principal. Caminhando por entre as máquinas teve a impressão de que não estava sozinho. Parecia até escutar o som de passos, mas não conseguia enxergar ninguém, estava começando a ficar com medo. Foi então que lembrou-se de Pam, e se alguém estivesse lá com ela?
Eddy correu em direção ao carro, mas quando estava quase chegando ao portão escutou novamente o barulho de metal batendo, e em um sobressalto voltou-se e olhou em direção ao quarto de Paul. Alguém havia entrado. Eddy ficou indeciso, deu um passo a frente em direção ao quarto, mas lembrou-se de Pam, sozinha dentro do carro. Decidido saiu pelo portão em direção ao carro. A porta estava aberta. Com o coração apertado, Eddy correu até o carro, e constatou o que mais temia. Pam havia desaparecido. Apenas seu casaco estava em cima do banco.
Eddy apertou o martelo com força em suas mãos, ele sabia onde ela estava, no quarto de Paul. Alguém a havia levado até lá, só poderia ser isso. Tinha que ser isso. Eddy enfurecido entrou pelo portão e caminhando agora sem notar mais nada ao seu redor, foi diretamente até o quarto. Porém a porta se fechou abruptamente, e ainda enfurecido Eddy não vacilou, e caminhando até a porta tentou abri-la, mas parecia estar trancada.
- Pam, você esta aí? - com a voz histérica Eddy já estava gritando- Abra essa porta! Quem está aí?
Mas ninguém respondia, e com o martelo Eddy batia na maçaneta, tentando quebra-la, e também aos solavancos, chutes e pancadas, enfim conseguiu. Quando pode ver o que estava acontecendo ficou sem entender. Pam estava sentada no chão, de costas para a porta e tinha alguma coisa a sua frente, pois a menina parecia hipnotizada com o que via.
- Pam, querida, está tudo bem?- Eddy dizia enquanto se aproximava.
Quando Eddy conseguiu ver o que estava a frente de Pam, parou. Era a caixa.
Não era uma caixa comum, nem se parecia com uma caixa. Era uma obra de arte, nunca em sua vida tinha visto algo com tamanha beleza. Era um objeto lindo, esculpido em ouro, com figuras de deuses em alto relevo, pedras multi coloridas em todas as faces, o brilho era hipnotizador. Enquanto a olhava era possível escutar uma suave melodia, vinda de dentro, do coração, era mágico! E Pam ao lado da caixa só tornava a cena mais fascinante, impossível saber o que era mais bonito, a beleza da menina e a caixa tinham grande harmonia.
Virando-se para Eddy, e com seu melhor sorriso, Pam o olhou bem dentro dos olhos, e com toda sua docilidade perguntou:
- O que tem nessa caixa?
Como se acordasse de um sonho, Eddy se aproximou da garotinha.
- Como você entrou aqui? Quem trouxe você? - Eddy ainda não sabia como Pam havia entrado sem ser vista por ele.
- Eu vim sozinha, você ficou bravo?- com os olhos meigos, Pam sabia como manipular o humor de Eddy.
Com um leve sorriso, ele se aproximou da menina, e passando as mãos em seus cabelos pediu que ela não o assustasse novamente, pois havia ficado muito preocupado. E com o sorriso certo, ela consentiu.
E ainda com a magnifica caixa a sua frente, Pam passava os pequenos dedos em sua superfície, e Eddy então lembrou-se do motivo de sua visita ao quarto de Paul, a caixa.
Pam segurou em uma das mãos de Eddy, enquanto ele tentava pegar a caixa com o outro braço.
- Eddy, o que tem nessa caixa?
- Não sei Pam, não sei.
Os olhos de Pam brilhavam ao falar da caixa, porém Eddy não percebeu.
Mas Paul insistia com a história da caixa, e Eddy já estava curioso para saber que caixa era essa tão importante, que mesmo a beira da morte, para Paul, era de suma importância. E ele estava decidido a busca-la na metalúrgica e guardar-la como havia prometido.
O carro de Eddy não era tão antigo, mas já estava bem descuidado, os defeitos iam aparecendo, mas só eram solucionados quando o carro parava de andar. E não foi diferente naquela noite, Eddy precisou de um pouco mais de paciência que o de costume para fazê-lo funcionar, mas conseguiu.
A metalúrgica estava fechada aquele horário, mas a chave de Paul estava com o irmão. A noite estava chuvosa, era final do outono, e o clima frio era predominante, a chuva só fazia com que a noite ficasse ainda mais fria. As luzes da fachada estavam acesas, e ao chegar ao portão principal Eddy se entristeceu, sabia que aquela seria a última vez que entraria naquele lugar. Desligou o motor e disse para Pam, que estava no banco traseiro, que o esperasse, pois ele não iria demorar.
O portão era bem pesado, e com muita dificuldade Eddy conseguiu abrir um pequeno espaço, suficiente para que conseguisse entrar. E já do lado de dentro o que via não era muito agradável. A penumbra fazia com que o ambiente parecesse abandonado, apenas uma fraca claridade de algumas máquinas ligadas iluminavam a fábrica. Paul morava em um pequeno quarto nos fundos, e foi preciso atravessar toda a escuridão para chegar até a porta. Abrindo a porta, Eddy logo acendeu a luz e pode ver a bagunça deixada por Paul. Garrafas estavam espalhadas pelo chão, restos de comida em cima de uma pequena mesa, roupas pelos cantos e um cheiro horrível de umidade inundava o quarto. "Onde está a droga da caixa?" Eddy tentava encontrar a caixa em meio a desorganização, mas não estava obtendo sucesso.
Ainda no quarto, Eddy se assustou. Um barulho vindo da fábrica o deixou em alerta. O som de metal, algo que caiu, ou foi derrubado. Ele caminhou até a porta e não conseguiu enxergar nada, seus olhos acostumados agora com a claridade não conseguiram lhe ajudar.
- Quem está aí? - perguntou, porém não escutou nenhuma resposta. Entrou novamente no quarto e pegou um martelo que estava em cima da mesa, e empunhando-o saiu em direção ao portão principal. Caminhando por entre as máquinas teve a impressão de que não estava sozinho. Parecia até escutar o som de passos, mas não conseguia enxergar ninguém, estava começando a ficar com medo. Foi então que lembrou-se de Pam, e se alguém estivesse lá com ela?
Eddy correu em direção ao carro, mas quando estava quase chegando ao portão escutou novamente o barulho de metal batendo, e em um sobressalto voltou-se e olhou em direção ao quarto de Paul. Alguém havia entrado. Eddy ficou indeciso, deu um passo a frente em direção ao quarto, mas lembrou-se de Pam, sozinha dentro do carro. Decidido saiu pelo portão em direção ao carro. A porta estava aberta. Com o coração apertado, Eddy correu até o carro, e constatou o que mais temia. Pam havia desaparecido. Apenas seu casaco estava em cima do banco.
Eddy apertou o martelo com força em suas mãos, ele sabia onde ela estava, no quarto de Paul. Alguém a havia levado até lá, só poderia ser isso. Tinha que ser isso. Eddy enfurecido entrou pelo portão e caminhando agora sem notar mais nada ao seu redor, foi diretamente até o quarto. Porém a porta se fechou abruptamente, e ainda enfurecido Eddy não vacilou, e caminhando até a porta tentou abri-la, mas parecia estar trancada.
- Pam, você esta aí? - com a voz histérica Eddy já estava gritando- Abra essa porta! Quem está aí?
Mas ninguém respondia, e com o martelo Eddy batia na maçaneta, tentando quebra-la, e também aos solavancos, chutes e pancadas, enfim conseguiu. Quando pode ver o que estava acontecendo ficou sem entender. Pam estava sentada no chão, de costas para a porta e tinha alguma coisa a sua frente, pois a menina parecia hipnotizada com o que via.
- Pam, querida, está tudo bem?- Eddy dizia enquanto se aproximava.
Quando Eddy conseguiu ver o que estava a frente de Pam, parou. Era a caixa.
Não era uma caixa comum, nem se parecia com uma caixa. Era uma obra de arte, nunca em sua vida tinha visto algo com tamanha beleza. Era um objeto lindo, esculpido em ouro, com figuras de deuses em alto relevo, pedras multi coloridas em todas as faces, o brilho era hipnotizador. Enquanto a olhava era possível escutar uma suave melodia, vinda de dentro, do coração, era mágico! E Pam ao lado da caixa só tornava a cena mais fascinante, impossível saber o que era mais bonito, a beleza da menina e a caixa tinham grande harmonia.
Virando-se para Eddy, e com seu melhor sorriso, Pam o olhou bem dentro dos olhos, e com toda sua docilidade perguntou:
- O que tem nessa caixa?
Como se acordasse de um sonho, Eddy se aproximou da garotinha.
- Como você entrou aqui? Quem trouxe você? - Eddy ainda não sabia como Pam havia entrado sem ser vista por ele.
- Eu vim sozinha, você ficou bravo?- com os olhos meigos, Pam sabia como manipular o humor de Eddy.
Com um leve sorriso, ele se aproximou da menina, e passando as mãos em seus cabelos pediu que ela não o assustasse novamente, pois havia ficado muito preocupado. E com o sorriso certo, ela consentiu.
E ainda com a magnifica caixa a sua frente, Pam passava os pequenos dedos em sua superfície, e Eddy então lembrou-se do motivo de sua visita ao quarto de Paul, a caixa.
Pam segurou em uma das mãos de Eddy, enquanto ele tentava pegar a caixa com o outro braço.
- Eddy, o que tem nessa caixa?
- Não sei Pam, não sei.
Os olhos de Pam brilhavam ao falar da caixa, porém Eddy não percebeu.

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